Uma análise curiosa e divertida sobre a polêmica lista da DJ MAG.
O assunto do fim de semana foi realmente a tão esperada lista da revista inglesa DJ MAG que elege os 100 melhores DJS do ano, segundo votação do grande público .
Eis que eu, como qualquer mero mortal que gosta da nossa cena EDM desde os anos em que música eletrônica era “LK – Carolina Carol Bela” do DJ Marky e David Guetta surgia com “Just a Little More”, fui e votei nos que eu realmente acho que fizeram um trabalho excelente nesse ano. E isso incluía tracks lançadas – próprias ou em colaborações -, apresentações em festivais, radio shows (podcast) e o desempenho da tour do próprio em diferentes lugares. Ou seja, todo o lado produtivo da carreira do DJ em 2014.
O que não adiantou em m@$da nenhuma eu seguir todos esses critérios, pois o resultado saiu e veio toda a polêmica envolvida com essa votação que mexe com o mercado da música eletrônica. Hardwell está lá novamente em primeiro, mas até então essa não foi a minha maior surpresa, o cara tem feito um trabalho muito bom durante os últimos tempos – mesmo eu tendo a leve impressão de que tinha outros dois ali que mereciam bem mais esse posto do que ele, mas tudo bem -. O que me deixou, digamos, inconformado foi mudança drástica de posições e o que isso tudo gerou nos fãs mais eufóricos.
“Como Martin Garrix chegou em 4°?” dizia um. “Dimitri Vegas e LikeMike mereciam o primeiro lugar!!” reclamavam outros.
Ficou claro que os mais populares se saíram melhor (E nem venha me dizer que se fosse assim era para o David Guetta ter levado o título e mimimi, que essa já não cola!), até porque o crescimento da EDM prova que mais e mais pessoas estão interessadas naqueles caras que produzem algo mais do que as músicas que tocam nas melhores de alguma estação FM por aí. Ou seja, nem todo DJ super popular na atualidade toca no seu rádio.
Se você chega e solta: O Hardwell realmente mereceu estar em primeiro? E Don Diablo recebeu reconhecimento só agora porque? E o que você tem para falar sobre as posições em que se encontram caras como Erick Pryzd e Laidback Luke?
Minha resposta seria: Não sei!! Ainda estou eu aqui me perguntando quais os critérios que cada um levou para dar seus votos, porque ser apenas fã de carteirinha e engolir qualquer “single farofa” que seu querido produtor jogou para rodo é meio feio e bem parecido com aquelas votações feitas para premiações manjadas de canais de música.
Houve injustiças? Do meu ponto de vista sim e muitas! O que me leva a crê que se muitos ficaram revoltados com esse resultado feito assim ao modo popular, imagina se fosse uma votação feita pelos grandes veículos de comunicação voltados para a EDM? Te garanto que tem DJS ali na lista que em vez de subir iriam cair – e muito – nas posições.
Mas não adianta nem eu, nem você e nem aquele fã louco pelo Alesso reclamar. Afinal é isso que se deve esperar desses tops feitos anualmente, seja por revista, rádio, site ou qualquer coisa assim.
Resumindo: Nem sempre popularidade indica realmente qualidade
E só para fechar o assunto caro leitor: A impressão final que me causou sobre toda essa discussão na internet em torno do tal “TOP 100 DJ MAG” é que as vezes o DJ que você gritou – e grita – “Eu amo esse cara!! O melhor DJ que já ouvi tocando!!”, não é o mesmo que seu amiguinho – ou amiguinhos – curtem. E nem os amiguinhos deles. E nem os amiguinhos dos amiguinhos deles. Ou seja, será você que não está sabendo escolher seu DJ favorito ou seus amiguinhos que não sabem votar direito?
Pense nisso e até a próxima votação com mais um resultado “pop” do melhor DJ do mundo ! Parabéns – ou não – ao Hardwell!
Fonte : Phouse , Revista de Música Eletrônica
