Comer fora depois da balada pode fazer até bem, mas é preciso ficar ligado no que se está consumindo
Ficou na balada até altas horas e sentiu o estômago roncando? A gente sabe como é. Mas a fome na madrugada já deixou de ser um problema, já que as lanchonetes das grandes cidades tiveram que se adaptar ao estilo de vida 24 horas para atender as pessoas que não vão direto para a cama depois da festa.
Voltar da balada e dar aquela recarregada no estômago pode até não parecer, mas é mais do que obrigatório. Imagine só, você sai de casa às 23h, dança o tempo inteiro e só volta às 5h da manhã, exausto. São cerca de seis horas de jejum absoluto, somados ao cansaço causado pelo gasto de energia que você teve. Além do mais, a maioria das baladas rola em locais fechados – e nem sempre bem refrigerados – e contribuem ainda mais para a perda de nutrientes do corpo. Fazer um lanche para se recompor é, sim, indispensável.
Uma vez esclarecida a importância de se alimentar depois de uma saída, é importante lembrar também que não vale sair comendo qualquer coisa. Alimentos gordurosos e pesados são de difícil digestão. Um exemplo são os tradicionais cachorros-quentes de barraquinha que oferecem muitas opções de molhos e complementos gordurosos para o sanduíche. “Já cheguei a passar mal depois de comer um cachorro-quente bem caprichado depois de um show”, conta Aline Conde, de 21 anos.
Para matar a fome, mas evitar transtornos com a saúde, quem dá a dica é a nutricionista Flávia Moreira: “Enquanto dormimos, a digestão de alimentos é mais lenta, por isso o aconselhável é optar por lanches leves, como os temakis (cones de comida japonesa), que, além de leves, fazem bem à saúde”. A doutora segue levantando as propriedades positivas dos alimentos utilizados na cozinha oriental: “No óleo de um sashimi, por exemplo, existe um tipo de ácido que reduz o colesterol e previne a hipertensão e a arteriosclerose. Algumas espécies, como o salmão, também têm o ômega 3, que reduz a ocorrência de câncer de mama e de pele”, explica.
Marcela Flores, 19, e Augusto Veloso, 17, faziam parte do time que adora comer errado depois da noitada. “Depois das baladas, corria para os hambúrgueres e batatas fritas, porque é gostoso e mata a fome”, diz a estudante. Augusto complementa: “O fast-food é a opção mais barata, por isso sempre optava por ele”.
É claro que existe a opção de preparar os lanches em casa, mas nem sempre os baladeiros têm fôlego para encarar a cozinha depois de se esbaldar nas pistas. Isso explica o sucesso dos restaurantes que ficam abertos até tarde. Henrique Almeida, proprietário do Koni Store, confirma: “O movimento de meia-noite até as 4h é responsável por 70% do faturamento da casa, de quinta-feira a domingo”.
Um fato curioso é que até os nutricionistas acham válido comer em lanchonetes depois da balada, desde que os lanches consumidos sejam saudáveis. Segundo os especialistas: “Quem come fora inicia a digestão mais cedo, evitando dormir com o estômago pesado”. Está aí uma boa desculpa para dar uma esticada na sua noite: socializar e matar a fome de forma saudável.
Fonte : Ragga Drops